sábado, 14 de maio de 2011

Sabe amor?

domingo, 8 de maio de 2011

Silvia Waiãpi no Jô Soares

Daí a gente fica aqui reclamando de nossa vidinha perfeita, sem nunca ter precisado passar por certas coisas para aprendermos a dar valor à nossa vidinha. Brilhante exemplo o da Silvia Waiãpi, que fugiu da aldeia onde vivia no Amapá e acabou integrando o Exército Brasileiro.



Tim McGraw - The Cowboy in Me



I don't know why I act the way I do
Like I ain't got a single thing to lose
Sometimes I'm my own worst enemy
I guess that's just the cowboy in me

I got a life that most would love to have
But sometimes I still wake up fightin' mad
At where this road I'm heading down might lead
I guess that's just the cowboy in me

The urge to run, the restlessness
The heart of stone I sometimes get
The things I've done for foolish pride
The me that's never satisfied
The face that's in the mirror when I don't like what I see
I guess that's just the cowboy in me

Girl I know there's times you must have thought
There ain't a line you've drawn I haven't crossed
But you set your mind to see this love on through
I guess that's just the cowboy in you

We ride and never worry about the fall
I guess that's just the cowboy in us all
















(dedicado à uma pessoa especial)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A união estável e o homo erectus

Ontem o Supremo Tirbunal Federal votou por unanimidade o reconhecimento da união estável homossexual. O que de fato é uma mera formalidade legislativa, já que a união estável gay já existe há anos. Casais vivem juntos por toda uma vida, não importando a sua sexualidade.

Agora falta liberar o casamento gay no civil e eu acredito que isso não está muito longe de ser acontecer. Um grande avanço para a democracia brasileira e para os direitos humanos. Quem é contra isso - por qualquer motivo que seja - não conhece amor de verdade.

E nesses dois últimos dias acompanhando a TV Justiça e seus mancos ministros em acesso de brilhantismo (Ayres Britto, virei teu fã), eu lembrei dessa animação que surgiu uns dois ou três anos atrás: Homo Erectus.



Dear Catastrophe Waitress

"Dá o play, Maca" (Cruj)


Dias atrás Ela olhou pra mim e falou: “Eu não sei porque eu gosto de você.”

Aquilo ficou na minha cabeça. Como assim não sabe? E eu pensei nisso um tempo e cheguei à conclusão que eu também não sei. Tinha tudo para dar errado. Deu errado muitas vezes. Mas é o que dizem: Deus escreve certos por linhas tortas.

Vejamos: a gente se conheceu dia 8 de agosto. 8/8. Oito é o símbolo do infinito em pé. Infinito sobre infinito. Dois infinitos que se cruzaram naquela fria noite de quarta-feira. Fomos assistir “Planeta dos Macacos” separados. Saímos de lá juntos. E até hoje estamos.

Nesse meio tempo passamos por 4 faculdades, uma dúzia de relacionamentos, 1 mestrado, 2 pós, 3 enterros, 1 filha... a matemática vai longe. E vai para bem longe! Ela desistiu de Física. Eu desisti de Engenharia. Da matemática, só o infinito.

Infinitas são as lembranças: as tardes no shopping Total; o sorvete na testa; a festa surpresa; o réveillon em Copa; a tarde no Bosque Alemão; o Encouraçado Potemkin; o Pub; a primeira balada GLS; o show do Engenheiros; o choro no Retorno do Rei; a lavagem da locadora; os tapas; os abraços; aquele affair que a gente achou que podia ter depois de anos de amizade; os sabres de luz improvisados para assistir Star Wars; explodindo o coração com o Salgueiro na München; etc. A lista é incontável.

Incontável também foram as brigas! Ah, como foram... Felizmente delas a gente esquece, supera e lembra que um dia houve algo, mas não se sabe exatamente o quê e nem de quem foi a culpa. Afinal, pra que lembrar coisas ruins se tem tanta coisa melhor para ser lembrada?

A vida segue. Uma década passa, algumas torres caem, o São Paulo é tri, eu sou jornalista e Ela é Mestre.

Ela é MEU mestre, meu porto seguro e nela eu confio cegamente. A quantos podemos dizer isso? Hoje a gente se despediu. Ela chorou, eu não. Ela sempre foi a mais forte. Hoje eu vi que era minha vez.

De volta ao Planeta dos Macacos: naquele dia Ela falou uma frase que eu nunca esqueci: “Desculpa eu estar falando muito, mas fã de Senhor dos Anéis eu considero amigo de infância”. Ouso dizer que nossa amizade não é de infância. É de outros tempos. É do infinito.

E nenhuma distância irá separar dois infinitos.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Quem é Osama bin Laden?

Isso não pode ser verdade:

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Deolinda - Fado Toninho

Graças ao meu amigo Daniel eu conheci o grupo Deolinda que rapidamente se tornou meu novo vício. Com dois álbuns deliciosos de fado foi difícil escolher apenas uma música para colocar aqui.

O grupo é formado por Ana Bacalhau, Luís José Martins, Pedro da Silva Martins e José Pedro Leitão. Surgiu em Portugal em 2006 em um projeto quase familiar (Luís e Pedro são irmãos e primos de Ana) e já ganhou diversas nomeações e prêmios. Vale muitíssimo a pena.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Chocolate? ECA!

E a escultura de chocolate baseada no modelo Baptiste Giabiconi que o fashionista Karl Lagerfeld fez para promover o sorvete Magnum?




















Gosto BEM duvidoso!!!

Ah sim, só por curiosidade..... este aqui é o modelo que inspirou a obra: Baptiste Giabiconi; ou seja, qualquer semelhança é mera coincidência.

(via OMG )

"I am Here" da Shakira

O ritmo é o mesmo, a batida é a mesma e a voz também é a mesma de 15 anos atrás. Mas a língua, quanta diferença.... e como FAZ diferença. A nova versão de "Estoy Aquí" da Shakira é muito loca loca loca. Não consigo ouvir sem cantar um trechinho em espanhol e me perder com o inglês dela.

A música é para um documentário sobe a cantora colombiana e deve sair junto com uma coletânea hits. Vale pela curiosidade.

domingo, 1 de maio de 2011

A Velha a Fiar

Humberto Mauro, um dos maiores nomes do cinema nacional, dirigiu o curta metragem A Velha a Fiar em 1964 usando a cantiga popular como base. É considerado um dos primeiros videoclipes do mundo. Vale a conferida.

A VELHA A FIAR (1964 , BY CINEASTA BRAZILEIRO HUMBERTO MAURO) .old ideas!!! from rodrigo fuza on Vimeo.

sábado, 30 de abril de 2011

Catfish

Dizem que de tempos em tempos o cinema faz filmes que definem gerações. O site Hollywodiano fez um interessante artigo analisando diversos momentos dessa história . Recentemente foi lançado “A Rede Social”, dito como o filme que define o momento que estamos passando. Porém, se formos analisar a sociedade atual apenas pelos vieses da comunicação e das redes sociais, “A Rede Social” está longe de ser o melhor exemplo para nos definir.

Definição melhor do que passamos está em “Catfish”, um documentário americano lançado ano passado. O filme foi dirigido Henry Joost e Ariel Schulman e mostra o que nos tornamos através das redes sociais. Ou o que podemos nos tornar. O poder da rede é mostrado sutilmente, através da análise humana dos fatos.

O trailer do filme já é curioso: mostra como o fotógrafo Nev se envolve com a surpreendente Megan através do Facebook. Falar mais que isso é estragar muita coisa. O próprio trailer diz para não se ler spoilers. Outras frases nos trailers contam como o “melhor suspense de Hitchcock não feito por Hitchcock” e “os quarenta minutos finais vão te levar numa emocionante montanha-russa sentimental”. E não é uma falsa demagogia.

A partir daqui, aconselho a ler só quem assistiu.

Relacionamentos virtuais.... Não lembro de quase ninguém abaixo dos 30 anos e ativo virtualmente que nunca tenha se apaixonado por alguém através da rede. Entretanto, foram pouquíssimos relacionamentos assim que vi darem certo.

E quem nunca mentiu na internet? Seja idade, altura, peso, nome, cidade... ou tudo isso junto. Mentir na internet é fácil, quando o interlocutor não está ali pessoalmente para te confrontar. Acho que de certa forma todos assumimos personagens virtuais. Eles são uma versão melhorada do que somos no mundo real. Alguns exageram, outros mudam quase nada. Mas ainda assim: é “fácil” mentir.

É por isso que “Catfish” é importante para o momento atual. Com a popularização das redes sociais, até que ponto podemos acreditar naquilo que lemos? Até que ponto estamos sendo ludibriando ou sendo ludibriados?? (Nota mental: curioso que eu tenha assistido ao filme justo no Dia da Mentira).

Eu não julgo a Angela. Com uma vida complicada que ela tem, ela usava internet como uma válvula de escape onde tudo era bonito. Tudo maravilhoso e os problemas não existiam. Apesar de o filme pincelar um distúrbio de mitomania de Angela, ele nunca deixa isso muito explícito já que ela assume rapidamente – quando confrontada – as suas mentiras. Além disso, ela é mostrada como uma mãe e esposa dedicada, principalmente ao cuidar de seus enteados deficientes.

Entretanto, quem soube carregar o filme sem cair no piegas foi Nev. Apesar de ele ser o protagonista e estarmos acompanhando in loco as suas reações a cada descoberta, ele soube administrar os próprios sentimentos e não cair em pré-julgamentos. Ele foi atrás da verdade e se surpreendeu com ela. Assim como nós nos surpreendemos.

O filme é sim um turbilhão de sensações. O suspense de quando Nev chega à fazenda de Megan é logo substituído pelo afeto que pegamos pela Angela. A raiva que sentimos em certa altura acaba virando piedade. E é difícil não se identificar com um ou com o outro, ou até mesmo com os dois.

Catfish” deveria ser um filme visto por todos que vivem ativamente no mundo virtual. Faz repensar atitudes e pensamentos. E mostra, quase sem querer, o poder que a internet tem.

Hey, Mr Tamborine Man

O cinema nacional tem aprendido uma ótima lição nos últimos anos: há mais coisas para se mostrar nas telas do que problemas sociais. Não desmerecendo, mas focar a produção nacional apenas em pobreza, favelas e crises sociais estava ficando cansativo, chato e repetitivo. É interessante, portanto, quem foge dessa linha. Entretanto, ainda se filma muita bobeira à laSe Eu Fosse Você” que está de olho em grandes bilheterias.

Por causa disso, fiquei supreso ao assistir “Os Famosos e os Duendes da Morte”. O filme não trata de problemas sociais. O filme não almeja grandes bilheterias. Ele é apenas um bom filme com uma boa história para contar.

Ele se passa no interior gaúcho, numa cidadezinha de colonização alemã onde reside o protagonista (Henrique Larré). Fã de Bob Dylan, Larré interpreta um blogueiro que vive mais na internet do que no mundo real, tentando entender o que acontece consigo, com sua mãe, e com toda a cidade animadíssima para a festa junina da região. Aliás, ele não tenta entender. Ele vive isso. Passa por isso de maneira melancólica, isolado do mundo e atravessando a adolescência (a tal fase mais complicada da vida).

Adaptado do romance homônimo de Ismael Caneppele, “Os Famosos e os Duendes da Morte” é um filme poético. A parte técnica é um primor: brilhantemente fotografado e editado. O frio gaúcho é mostrado na tela, junto com suas grandes plantações, enfatizando ainda mais a sensação de isolamento do Mr. Tamborine Man. O ator principal, Henrique Larré, parece um adolescente comum, mas ele tem no olhar e no modo de falar uma naturalidade ímpar. Soa tão natural que é difícil não se envolver em seus dramas.

O diretor é Esmir Filho em sua estreia com longa-metragens. Com uma lista de curtas no currículo (entre eles o webhit "Tapa na Pantera"), Esmir conseguiu mostrar uma maturidade incomum para um diretor estreante. O filme não apela para o sentimentalismo. Nem cai no clichê do adolescente babaca. Nesse ponto, ele dialoga com Gus Van Sant, que com "Elefante" e "Paranoid Park" soube mostrar uma adolescência problemática, mas também melancólica e questionadora e que reconhece suas limitações no mundo. Essa fase de transição é metaforicamente mostrada no filme através de uma ponte (importante para a história, pois é dela que as pessoas da cidade se jogam em suicídio). Atravessar a ponte é cruzar a “tentação” de pôr fim aos problemas da maneira mais rápida e fatal. Atravessar a ponte é crescer. Esmir Filho atravessou.

 
©2007 '' Por Elke di Barros